" Explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... é simplesmente impossível."
Joelmir Beting

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O fim de uma história, o inicio de outra

"Obrigada por tudo o que fez por nós!". Esta frase foi a única que consegui dizer a Evair Paulino, em um dia que fui tomada pela emoção.

O doze de junho deste dois mil e treze, me trazia lembranças de vinte anos atrás. Não vou repetir a história que contei ontem. Foi o dia da realização de um sonho. O fim de uma história, o inicio de outra.

Me recordo de uma vez em que fui ao Palestra Itália e vi ali na parede uma foto do Evair, fiz um gesto de abraço, a Milena também. Naquela hora eu pensei: "Um dia eu vou poder abraçá-lo de verdade e lhe agradecer por tudo". E esse dia chegou.

Tudo começou pelas conversas em rede social, com uma garota com os mesmos desejos que eu e a mesma emoção. Quando cheguei na Academia Store, para retirar meu livro autografado do "Matador", ela já estava lá e havia também uma senhora. E imagine o que uma senhora de uns 70 anos, ou mais, que tem o costume de seguir o Palmeiras, em todas as partes, até mesmo no Japão. 

Esta senhorinha nos pegou para Cristo, ou para simplesmente, contar, mais uma vez, suas histórias, com o Mundinho (sim, ele mesmo, o Animal, que recebeu uma homenagem dela ao dar o nome de Edmundo a um cachorro), do Felipão (que também é nome de um cachorro dela), a história lá do outro lado do mundo e de algumas vezes em que foi brigar com os jornalistas, inclusive com este que escreveu, junto ao Galuppo, o livro que fomos retirar na loja, Mauro Beting. 

Como ela falou mal dos jornalistas e minha colega e eu, as duas formadas em jornalismo, ouvíamos a tudo, sem retrucar, afinal, não queriamos que ela nos colocasse o dedo na cara e dissesse: "Vocês são da imprensa? Vocês então não prestam, falam mal do meu Palmeiras. Jornalistas são todos uns mortos de fome.". Sim, ela falou isso algumas vezes e mal sabia que falava com duas delas.

Noite de autógrafos, na Academia Store (Foto: Arquivo pessoal)
Até que uma hora depois, ela conseguiu passar na frente e ficamos nós duas lá, conversando, contando histórias e nos juntamos a mais dois torcedores. Tínhamos muita coisa para falar e graças à Deus, porque ficamos lá pouco mais de três horas, em pé. O tempo foi passando e eramos os próximos. Fomos em direção e eles, Fernando Galuppo, Mauro Beting e Evair.

Não consigo descrever a emoção. É impossível. Aquele cara que fez com que minha história com o Palmeiras, o futebol e o jornalismo, começasse naquele doze de junho de noventa e três, estava lá, em minha frente e mal consegui esboçar alguma reação. Não chorei, não ri, somente parei por um instante e toda a história veio a minha mente, em questão de segundos. 

Livro autografado (Foto: arquivo
pessoal)
Peguei meu autógrafo, tirei minha foto, lhe dei um abraço. E isso foi o suficiente para começar então uma nova história e ter a certeza que esse é mais um momento que ficará guardado no meu coração.

Fomos embora e só sabíamos falar dos momentos em que realizávamos mais um sonho de duas palestrinas.

Mais uma vez, obrigada, Evair!




Nenhum comentário:

Postar um comentário