" Explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense... é simplesmente impossível."
Joelmir Beting

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Afins: Muito além de vinte centavos

Afins: Muito além de vinte centavos: O ato de manifestar-se é nada mais do que um movimento popular de pessoas destinadas a exprimir publicamente um sentimento, uma opinião...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O fim de uma história, o inicio de outra

"Obrigada por tudo o que fez por nós!". Esta frase foi a única que consegui dizer a Evair Paulino, em um dia que fui tomada pela emoção.

O doze de junho deste dois mil e treze, me trazia lembranças de vinte anos atrás. Não vou repetir a história que contei ontem. Foi o dia da realização de um sonho. O fim de uma história, o inicio de outra.

Me recordo de uma vez em que fui ao Palestra Itália e vi ali na parede uma foto do Evair, fiz um gesto de abraço, a Milena também. Naquela hora eu pensei: "Um dia eu vou poder abraçá-lo de verdade e lhe agradecer por tudo". E esse dia chegou.

Tudo começou pelas conversas em rede social, com uma garota com os mesmos desejos que eu e a mesma emoção. Quando cheguei na Academia Store, para retirar meu livro autografado do "Matador", ela já estava lá e havia também uma senhora. E imagine o que uma senhora de uns 70 anos, ou mais, que tem o costume de seguir o Palmeiras, em todas as partes, até mesmo no Japão. 

Esta senhorinha nos pegou para Cristo, ou para simplesmente, contar, mais uma vez, suas histórias, com o Mundinho (sim, ele mesmo, o Animal, que recebeu uma homenagem dela ao dar o nome de Edmundo a um cachorro), do Felipão (que também é nome de um cachorro dela), a história lá do outro lado do mundo e de algumas vezes em que foi brigar com os jornalistas, inclusive com este que escreveu, junto ao Galuppo, o livro que fomos retirar na loja, Mauro Beting. 

Como ela falou mal dos jornalistas e minha colega e eu, as duas formadas em jornalismo, ouvíamos a tudo, sem retrucar, afinal, não queriamos que ela nos colocasse o dedo na cara e dissesse: "Vocês são da imprensa? Vocês então não prestam, falam mal do meu Palmeiras. Jornalistas são todos uns mortos de fome.". Sim, ela falou isso algumas vezes e mal sabia que falava com duas delas.

Noite de autógrafos, na Academia Store (Foto: Arquivo pessoal)
Até que uma hora depois, ela conseguiu passar na frente e ficamos nós duas lá, conversando, contando histórias e nos juntamos a mais dois torcedores. Tínhamos muita coisa para falar e graças à Deus, porque ficamos lá pouco mais de três horas, em pé. O tempo foi passando e eramos os próximos. Fomos em direção e eles, Fernando Galuppo, Mauro Beting e Evair.

Não consigo descrever a emoção. É impossível. Aquele cara que fez com que minha história com o Palmeiras, o futebol e o jornalismo, começasse naquele doze de junho de noventa e três, estava lá, em minha frente e mal consegui esboçar alguma reação. Não chorei, não ri, somente parei por um instante e toda a história veio a minha mente, em questão de segundos. 

Livro autografado (Foto: arquivo
pessoal)
Peguei meu autógrafo, tirei minha foto, lhe dei um abraço. E isso foi o suficiente para começar então uma nova história e ter a certeza que esse é mais um momento que ficará guardado no meu coração.

Fomos embora e só sabíamos falar dos momentos em que realizávamos mais um sonho de duas palestrinas.

Mais uma vez, obrigada, Evair!




quarta-feira, 12 de junho de 2013

O doze de junho

Sim. É doze de junho. Dia de comemorar. Dia que ficará guardado na memória para o resto da minha vida. 

Folha Imagem/Arquivo
Era 1993, exatos vinte anos. Não sabia quem eu era, mas sabia do meu amor, porém não a imensidão dele. A família se reuniu na sala da casa da vovó, eu vestia uma camiseta listrada, que caberia várias de mim ali dentro. Antes disso, só cantava o primeiro trecho e durante as horas que estávamos naquela sala, aprendi o restante. Sai correndo de casa, com uma bandeirinha nas mãos e cantarolava em todos os lugares. 

Enquanto ia "decorando" a letra não entendi o sentido dela. Mas, quando tudo acabou tive a real ideia do que tudo aquilo significava. Tinha um cara, que vestia a mesma camiseta que eu inclusive, mas nele ficava perfeita, que eu também me perguntava o porquê todos gritavam seu nome e eu também comecei a fazer isso. Só depois pude entender tudo o que aconteceu naquele doze de junho de 93.

Dias antes, em seis de junho, também no Morumbi, um tal de Viola fez o gol que poderia garantir o título ao Sport Club Corinthians Paulista. Ele imitou um porco, uma singela homenagem à torcida alviverde. Uma pena que não tinha noção da força daquele que um dia morreu líder e nasceu campeão. Ao que me parece essa tal ai, não conhecia a história da Academia e tão menos sabia quem era: Evair e cia. 

Era um jejum de alguns anos, uns 16 talvez. A Sociedade Esportiva Palmeiras parecia frágil, mas esperançosa com a chegada de uma tal de Parmalat, um ano antes. Realmente, Viola ao imitar aquele porquinho nos faria mesmo uma homenagem, só que antecipada.

Precisávamos vencer para sair da fila, para voltar a ser o Alviverde Imponente. No dia doze, o estádio do São Paulo FC, abrigava mais de cem mil torcedores, em um dia que ficaria para a história deles também, mais necessariamente para o Cicero Pompeu de Toledo. 

Evair, passou para Zinho, que então abriu o placar. Depois foi a vez dele: Evair, marcar o dele, um pouco mais tarde, Edilson. Três gols nos garantiam a prorrogação e um empate nos daria o título. Esta foi a primeira vez que eu vivia a emoção de ser palmeirense, que segundo Seu Joelmir Beting, explicar isso é totalmente desnecessário. 

E este é o momento que fecho meus olhos e lembro de cada detalhe, me recordo da camisa, igual a do Evair, de aprender a letra do hino, da minha família quase inteira se emocionando. Uma das figuras esse Viola não contava era exatamente, aquele que nos faria lembrar do porco, como a provocação que para mim, virou "homenagem", como é bom ver o rival nos fazer isso. Melhor ainda é responder a altura. 

Uma cobrança de pênalti, Evair (lembre ao Viola que ele é o "matador") foi para a bola, bateu e ali estava o fim do jejum e se iniciava uma série de glórias que somente nós, palmeirenses sabemos contar com tantos detalhes, mareja nossos olhos de lágrimas e nos faz entender o porquê o hino nos diz que "de fato é campeão".

Eu falei que foi esse o primeiro jogo do Palmeiras que eu vi? Agora dá para entender o porquê vinte anos depois me tornei jornalista. Esse amor é o que me conduz a realizar todos os meus sonhos.

Aquele Palmeiras mereceu sair da fila, pela campanha daquele Paulista de 93. foi melhor, na primeira e na segunda fase, superior na final, que juntando os dois jogos: 4 x 1. Isso justifica o título e o fim do jejum.

Obrigada Palmeiras. Muito obrigada Evair, pelo meu amor, pelo meu orgulho, pelas minhas lembranças, pelo meu Alviverde Imponente.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

06/06, há treze anos atrás...

São Marcos defendendo pênalti de Marcelinho (De: Nó Tático)
O Palmeiras não vive somente das lembranças mais recentes, assim como rebaixamentos, goleadas, más gestões e outras coisas que tanto assombram o alviverde e tem uma que ficou para a história e esta ficou nas mãos dele: São Marcos.

Era seis de junho de dois mil. O Palmeiras, atual campeão da Libertadores (sua maior conquista), foi para a semifinal da competição e encontrava mais uma vez no caminho, o Corinthians, time que eliminamos no ano anterior nas quartas. A história se repetia e estavam mais uma vez, cara a cara.

Na primeira partida, perdemos, mas conseguimos reverter no segundo jogo e fomos para as penalidades. Estava cinco para nós e quatro para eles. Na bola, Marcelinho Carioca, debaixo das traves, São Marcos. Um exímio batedor de bolas paradas, o ídolo corintiano precisava converter o gol para seguir com o sonho de sua primeira final de Libertadores. Mas, como além de Santo, o goleiro estudou as cobranças do craque alvinegro...

Marcelinho foi pra bola... Bateu... DEFENDEU MARCOS!
São Marcos sai para comemorar (De: Os Geraldinos)
O Palmeiras estava mais uma vez classificado para a final da competição sul-americana e mais uma vez eliminava seu maior rival e para o gosto ser maior: ídolos frente a frente e o do Palestra Itália foi o melhor.

Na final perdemos para um tal de Boca Juniors, mas qual palmeirense não lembra de todos os detalhes deste dia, como se não fosse um título? Essa é uma daquelas histórias para contar aos filhos, netos, bisnetos e todas às vezes encher os olhos de lágrimas.

Um dia eternizado, por São Marcos de Palestra Itália! 
 
Video narrado por José Silvério

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Vingança? Não.É futebol.

O torcedor palmeirense não irá esquecer nunca a goleada sofrida pelo Mirassol, que ficou marcada ainda mais por ser um ano difícil para o futebol alviverde. Soou como humilhação. Como o imponente poderia se ferir tanto? O que seria do Palmeiras dali para frente? 

O time balançou, a torcida não sabia mais o que fazer, se viu perdida. A diretoria foi cobrada pela saída do técnico, mas esta não seria a solução. A saída, foi acreditar. E a melhor resposta era a vitória. Foi o que foi feito, com uma sequencia de vitórias. Ganhou cinco partidas consecutivas, conseguiu a classificação antecipada para a próxima fase do Paulista. E muito desacreditado, porém com muita raça, o Palmeiras garantiu com uma rodada antes do fim da primeira fase, a vaga para as oitavas de final e por fim, a liderança do grupo.

Mas, a goleada ainda estava atrelada na garganta palmeirense. Time atrevido, como poderia ter feito isso conosco. Até que chegou o dia de o Palmeiras ver diante de ti a vingança do futebol. 

Última rodada da primeira fase do Paulista. O alviverde ia a Itu enfrentar o time da casa, que cambaleava. Uma vitória o salvava. Já o Mirassol, dependia da vitória e de uma ajuda daquele que humilhou. E eles venciam no Campos Maia, o Linense. O Ituano marcou o primeiro gol, mas logo em seguida o Palmeiras empatou. 

O pensamento de um torcedor, não sei se todos pensaram desta forma, mas vendo a partida com amigos em uma cidade ao lado de Itu, surge um comentário: "Bem que o Palmeiras poderia tomar um gol, assim o Mirassol cai e a vingança será feita." 

Parece que alguém ouviu nos gramados do Novelli Júnior, e Marcão aos 47 do segundo tempo marcou. O Palmeiras perdia a partida, o Ituano se salvava do rebaixamento e ele: o Mirassol (o tal do Mira, quem?) estaria rebaixado para a série A2.

Se o resultado foi bom ou não para o time do Palestra, veremos no final de semana, quando o time enfrenta o Santos na próxima fase. Lá no fundo soou como uma vingança alviverde. Mas, foi somente a tal da caixinha de surpresas do futebol.

*este texto nada mais é do que o sentimento de uma torcedora.

domingo, 7 de abril de 2013

Classificado!



Ser palmeirense é testar emoções. É viver do céu ao inferno em questão de um ou dois jogos. Toda aquela briga e vergonha pela inacreditável derrota para o Mira(?)ssol por seis a dois, colocou em xeque uma campanha, que ia bem, não pelo bom futebol, afinal, isso ainda faz falta, mas pelos resultados. 


Mas o Palmeiras entrou em campo neste domingo, com a derrota certa. Claro que pela opinião alheia, mesmo porque o torcedor carrega o verde da esperança e acredita sempre na vitória, mesmo que a luta que o aguarda seja a mais difícil de todas. Era uma partida contra a invicta, Ponte Preta, em gramado campinense.

Facebook: Eu quero meu Palmeiras de volta



Com o embalo da partida pela Libertadores do meio de semana, que terminou com a bela vitória alviverde, tão imponente, e com o recém chegado da partida da seleção brasileira de ontem, Leandro (que marcou pelos canarinhos), o Palmeiras, no ardor da partida, desta vez conseguiu orgulhar a torcida, que passou a cantar e vibrar.


Uma vitória que marcou pelo bom futebol e que dizem por ai que foi o melhor jogo palmeirense até agora, terminou com a classificação para a próxima fase do Paulista e que dá a esperança para ser de fato: Campeão!


Vai-se levantar o troféu, não vem ao caso. Mesmo porque, sabemos que a cada jogo uma nova surpresa e emoção diferentes, afinal, isto é ser palmeirense. Mas fica aqui um registro pra não deixar passar o momento especial neste domingo que mexeu, mais uma vez, com os corações alviverdes.


Vale parabenizar, também, ao guerreiro e palmeirense, Leandro, que ontem marcou o seu pela seleção brasileira e hoje pela Sociedade Esportiva Palmeiras!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Tem explicação?


Mais um para a coleção. E qual a nova explicação para perder de seis de um time que beirava o rebaixamento e que não tem uma grande história pra contar. Agora tem.

Falar de Palmeiras é um assunto delicado. Já virou rotina criticar, mas também elogiar, não dá. Pelo menos hoje, não. Tentar defender o indefensável é tarefa impossível. Apontar um culpado é não ser justo. Existem milhares deles e não deve cair em cima daqueles que estão no clube agora.

Vamos falar que um jogador é ruim. Mas quem o contratou deveria saber de suas limitações e te conhecimento do restante do time, se ele se encaixaria. Apontar a diretoria atual é descreditar daqueles que há poucos meses teriam todo o apoio do mundo e sabemos que a reconstrução do time não aconteceria do dia pra noite. Dizer que o maior culpado é o técnico e voltar a um assunto ainda mais delicado. Afinal, quantos outros super técnicos passaram e nada foi resolvido, nem mesmo ganhando título.

Mais injusto ainda é cair em cima da torcida, que por causa de “alguns” acabam levando a fama de torcida que não apoia, violenta e de bando de vândalos. São só alguns, muitos não se encaixam neste aspecto.

Torcida que precisa cantar e vibrar (Arquivo pessoal)


Ouvir que tal jogador não deveria ter sido vendido é tratar de algo que não cabe mais ao clube. Já foi feito, certo ou errado, culpa do clube ou do atleta, já não nos cabe mais aos julgamentos. Mesmo por que, um time depender de somente um jogador não dá. Existe um elenco e todos devem estar de prontidão pra defender a camisa do time, custe o que custar.

O que acontece é que mais um vexame entrou para a ingrata galeria do Palmeiras. E não há mais o que ser feito. O jeito é levantar, mais uma vez, a cabeça e pensar num ano que não será fácil para torcedor, diretoria, jogadores e comissão técnica. Realmente, não é fácil pra ninguém.

Só se espera que um dia os pesadelos pintados em verde e branco acabem e o Palmeiras volte a ser Palmeiras!

Voltaremos a sorrir? (Arquivo pessoal)


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Caminho da vitória



A torcedora acordou cedo devido à ansiedade, era mais um jogo. Vestiu seu manto verde e branco, estava assim dos pés a cabeça. Máquina fotográfica na bolsa a tiracolo, celular com fone no ouvido. Tudo pronto, hora de ir, afinal o caminho é longo. Ônibus, metrô, caminhada e uma fila para comprar ingresso de uma hora e meia. Às 16h15 conseguiu entrar, já com tudo em andamento, perdeu o fio da meada, mas chega a hora de apoiar. O caminho foi longo, mas aos 36 do segundo tempo, o grito de gol.

O time a caminho da vitória ( Arquivo pessoal)
O jogador deve ter acordado cedo também devido a ansiedade, era sua estréia. Vestiu-se e foi para o ônibus. Chegou por volta de 15h e entrou em campo no segundo tempo, antes de Caio e depois de Valdívia, aclamado pela torcida, mas ele não ficou muito atrás embalando o grito de gol da torcedora, ele estreava marcando o gol deu a vitória ao Palmeiras.

O Palmeiras foi a campo enfrentar o União Barbarense neste domingo e entrou em campo às 16h, antes da torcedora conseguir comprar o ingresso, devido à imensa fila em uma bilheteria com poucos guichês para a venda em todos os setores e para 20 mil torcedores. 

Problemas com ingresso a parte e a torcida já dentro do estádio viu o time guerreiro, mas com diversos problemas para finalizar. A bola insistia em não entrar e o frágil Barbarense ainda conseguia segurar o Alviverde, o que durou somente até o jogador marcar o gol e a torcedora gritar.

Um a zero, placar magro, torcida que vibra, time com vontade. O caminho da vitória não foi um dos mais fáceis, mas garantiram os três pontos necessários para a torcedora, o jogador e o Palmeiras saírem do Pacaembu comemorando mais uma vez.

Leandro comemora tirando a camisa e leva cartão ( arquivo pessoal)



* A torcedora é esta que vos escreve. O jogador é Leandro realizando o sonho de defender a camisa do Palmeiras

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Hoje não teve Palmeiras


Hoje teve Palmeiras. Mas não me agrada falar que ele perdeu para um time lá de Penápolis. Não me agrada não pela derrota do time e sim por mais uma derrota da mídia que nos obrigou a acompanhar a tradicional programação dominical, sendo que o país acordou comovido pela morte de jovens que foram se divertir e deixaram muita dor e saudade às suas famílias e amigos. Jovens que dentro de uma boate foram vítimas de uma tragédia.

Mais uma mãe chorou neste domingo, não é justo pai e mãe enterrarem o filho. Uma delas, vendo os acontecimentos e por uma centena de vezes ligou ao filho para ter notícias e quando foi atendida, fica sabendo de seu filho...

Este foi um retrato do desespero de uma mãe, que assim como todas as outras hoje teve a vida mais vazia, repleta de uma angústia de não olhar mais para o rosto daquele que ela um dia gerou. Hoje é um dia incomum. E não deveria a televisão ter sido tão comum e nos encher com as mesmices da programação de domingo.

Como mais uma pessoa que se comoveu com o acontecimento, para mim hoje não tem Palmeiras. E não deveria ter futebol pelo país afora, em respeito àqueles que perderam seus entes queridos tragicamente.

Deixo aqui meus sentimentos.

Texto revisado por Marcos Teixeira